CLARINETA
A
clarineta é um instrumento de sopro do grupo das madeiras que possui uma
palheta simples presa na extremidade do instrumento onde o músico sopra. O som
da clarineta é produzido a partir da passagem do ar entre a palheta simples e o
corpo do instrumento.
As
primeiras clarinetas possuíam orifícios e apenas duas chaves e assim como
outros instrumentos da família das madeiras, progressivamente foram adicionadas
mais chaves.
Atualmente
a clarineta continua sendo construída em madeira e possui muitas chaves que
fornecem a este instrumento uma quantidade de notas maior que os outros
instrumentos da família das madeiras.
Uma
característica curiosa da clarineta é que ela emite um som mais grave em
comparação com outros instrumentos que possuem o mesmo tamanho que o seu, como
é o caso da flauta e do oboé. Além de ser um instrumento de orquestra, a
clarineta é ainda muito utilizada em grupos de jazz e de choro.
O
clarinete ou o clarinete é um instrumento musical de sopro constituído por um
tubo cilíndrico de madeira (já foram experimentados modelos de metal), com uma
boquilha cónica de uma única palheta e chaves ("botões" metálicos,
servem para tapar orifícios onde os dedos não chegam). Possui quatro registos:
grave, médio, agudo e super agudo. Quem toca o clarinete é chamado de
clarinetista.
Foi
inventado na Alemanha por Johann Christiph Denner, em 1700, e introduzida na
orquestra em 1750, sendo assim um dos últimos instrumentos de sopro
incorporados à formação orquestral moderna.
Os
clarinetes são tradicionalmente feitos de ébano ou grenadilha, sendo que as
boquilhas são construídas com um material sintético chamado ebonite. O som é
produzido devido à vibração da palheta (uma lâmina feita de cana), provocada
pelo sopro do clarinetista. O corpo do instrumento é, em sua maior parte, de
espessura uniforme, com um alargamento (campana) no fim do tubo. O sistema de
chaves mais comum é o sistema Boehm, projectado por Hyacinthe Klosé. Outro
sistema, chamado Oehler é usado principalmente na Alemanha e Áustria.
O
clarinete possui semelhanças com o oboé, mas difere deste no que tange a sua
forma (o oboé é cônico e a clarinete, cilíndrica), no timbre (o oboé é
rascante, anasalado e penetrante, enquanto a clarinete é mais aveludada que
penetrante, menos rascante e mais encorpada), e na extensão de notas (o oboé
possui a menor extensão de notas dentre os sopros, enquanto a clarinete, a
maior). Essas diferenças se dão principalmente pela forma cilíndrica da
clarinete e do uso de apenas uma palheta, enquanto o oboé e o fagote (também
membros das madeiras) se utilizam de uma palheta dupla.
Os
clarinetistas atualmente compram suas palhetas e fazem os ajustes necessários
artesanalmente, afim de corrigir as imperfeições destas para adequá-las a sua
própria anatomia e necessidade de som. A palheta é fixada na boquilha por meio
da braçadeira, que funciona como um prendedor, onde o clarinetista manipula a
força e intensidade com que a palheta está presa na boquilha. Via de regra a
palheta não pode estar demasiadamente frouxa e nem excessivamente apertada.
Embora
o processo descrito acima, sobre o uso da palheta nos clarinetes, também seja
usado no saxofone, não podemos confundi-lo. O saxofone nasceu do clarinete, e
por isso apresenta mecanismos semelhantes, mas a embocadura do clarinete é
muito mais tensa e trabalhosa do que a embocadura exigida no saxofone. E isso é
muito nítido ao comparar a execução de um saxofone e de uma clarinete, e
inclusive muitos músicos que querem aprender a tocar saxofone também optam por
aprender primeiramente, ou paralelamente, a clarinete.
O
clarinete pertence a um grupo de instrumentos chamados transpositores, que em
poucas palavras pode ser resumido da seguinte forma: A nota escrita (na
partitura) é diferente da nota verdadeira, isso por causa da afinação própria
do instrumento; sendo assim é necessário que haja uma transposição de notas
para que o clarinete toque no tom real da música. Isso facilitou aos músicos,
pois, a clarinete possui uma extensão de notas muito grande.
Os
clarinetes mais comuns são os instrumentos em Si bemol e em Lá. O instrumento
em Dó, raramente usado hoje, era muito utilizado na orquestra clássica e
pré-romântica (Mozart e Beethoven). Há também os clarinetes mais agudos, também
conhecidos como requinta em Mi bemol, raramente encontrados em Ré (Richard
Strauss e Stravinsky) e os clarinetes mais graves como os clarinetes alto em Mi
bemol, o basset-horn em Fá, o clarinete baixo em Si bemol e o clarinete
contrabaixo.
As
possibilidades harmónicas, o grande controle de dinâmicas que o instrumento
permite, a grande agilidade, a grande extensão de notas, a sua natureza de
timbres e o poder sonoro dão ao clarinete uma posição de destaque nas
orquestras actuais. Alguns dizem que é o "violino das madeiras" em
razão das virtudes mencionadas acima. No entanto o clarinete ainda não é um
instrumento perfeito e algumas notas ainda apresentam sérios problemas de
afinação, mesmo com todo trabalho iniciado pelo flautista Boehm, que foi
adaptado posteriormente para os demais sopros.
O
sistema Oehler é hoje considerado o mais apropriado para o clarinete, já que
resolveu a maior parte dos problemas deste instrumento, mas ainda sim não é
perfeito pois acarretou uma perda de brilho no timbre natural do clarinete.
Enquanto o sistema Boehm, que apesar de manter alguns desses problemas, mantém
o brilho particular deste instrumento.
O
controlo dessas imperfeições cabe ao músico, e isso ajuda a tornar a clarinete
um instrumento desafiador. Quem se interessa a tocar clarinete, saiba que
precisará de muito empenho e dedicação, mas saiba também que irá se encantar
com a beleza desse instrumento.
O
timbre do clarinete é muito diversificado. Na região grave, chamada de
chalumeau o timbre é aveludado, cheio e obscuro; no registo médio há uma
mudança fantástica pois o timbre se torna brilhante e expressivo, e conforme o
registo vai se tornando agudo, o timbre vai se tornando cada vez mais
brilhante, e ganhando uma natureza humorística, sarcástica.
A
grande capacidade de expressão do clarinete o tornou um instrumento de grande
prestígio em diversos tipos de estilos. No Jazz é que podemos as vezes ouvir os
solos mais sarcásticos e "humorísticos" deste instrumento. No Brasil
esse instrumento é bastante utilizado na execução de choros e em grupos de
samba e serestas.
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