domingo, 16 de fevereiro de 2014

HISTÓRIA DA CLARINETA

CLARINETA
A clarineta é um instrumento de sopro do grupo das madeiras que possui uma palheta simples presa na extremidade do instrumento onde o músico sopra. O som da clarineta é produzido a partir da passagem do ar entre a palheta simples e o corpo do instrumento.

As primeiras clarinetas possuíam orifícios e apenas duas chaves e assim como outros instrumentos da família das madeiras, progressivamente foram adicionadas mais chaves.

Atualmente a clarineta continua sendo construída em madeira e possui muitas chaves que fornecem a este instrumento uma quantidade de notas maior que os outros instrumentos da família das madeiras.

Uma característica curiosa da clarineta é que ela emite um som mais grave em comparação com outros instrumentos que possuem o mesmo tamanho que o seu, como é o caso da flauta e do oboé. Além de ser um instrumento de orquestra, a clarineta é ainda muito utilizada em grupos de jazz e de choro.

O clarinete ou o clarinete é um instrumento musical de sopro constituído por um tubo cilíndrico de madeira (já foram experimentados modelos de metal), com uma boquilha cónica de uma única palheta e chaves ("botões" metálicos, servem para tapar orifícios onde os dedos não chegam). Possui quatro registos: grave, médio, agudo e super agudo. Quem toca o clarinete é chamado de clarinetista.

Foi inventado na Alemanha por Johann Christiph Denner, em 1700, e introduzida na orquestra em 1750, sendo assim um dos últimos instrumentos de sopro incorporados à formação orquestral moderna.

Os clarinetes são tradicionalmente feitos de ébano ou grenadilha, sendo que as boquilhas são construídas com um material sintético chamado ebonite. O som é produzido devido à vibração da palheta (uma lâmina feita de cana), provocada pelo sopro do clarinetista. O corpo do instrumento é, em sua maior parte, de espessura uniforme, com um alargamento (campana) no fim do tubo. O sistema de chaves mais comum é o sistema Boehm, projectado por Hyacinthe Klosé. Outro sistema, chamado Oehler é usado principalmente na Alemanha e Áustria.

O clarinete possui semelhanças com o oboé, mas difere deste no que tange a sua forma (o oboé é cônico e a clarinete, cilíndrica), no timbre (o oboé é rascante, anasalado e penetrante, enquanto a clarinete é mais aveludada que penetrante, menos rascante e mais encorpada), e na extensão de notas (o oboé possui a menor extensão de notas dentre os sopros, enquanto a clarinete, a maior). Essas diferenças se dão principalmente pela forma cilíndrica da clarinete e do uso de apenas uma palheta, enquanto o oboé e o fagote (também membros das madeiras) se utilizam de uma palheta dupla.

Os clarinetistas atualmente compram suas palhetas e fazem os ajustes necessários artesanalmente, afim de corrigir as imperfeições destas para adequá-las a sua própria anatomia e necessidade de som. A palheta é fixada na boquilha por meio da braçadeira, que funciona como um prendedor, onde o clarinetista manipula a força e intensidade com que a palheta está presa na boquilha. Via de regra a palheta não pode estar demasiadamente frouxa e nem excessivamente apertada.

Embora o processo descrito acima, sobre o uso da palheta nos clarinetes, também seja usado no saxofone, não podemos confundi-lo. O saxofone nasceu do clarinete, e por isso apresenta mecanismos semelhantes, mas a embocadura do clarinete é muito mais tensa e trabalhosa do que a embocadura exigida no saxofone. E isso é muito nítido ao comparar a execução de um saxofone e de uma clarinete, e inclusive muitos músicos que querem aprender a tocar saxofone também optam por aprender primeiramente, ou paralelamente, a clarinete.

O clarinete pertence a um grupo de instrumentos chamados transpositores, que em poucas palavras pode ser resumido da seguinte forma: A nota escrita (na partitura) é diferente da nota verdadeira, isso por causa da afinação própria do instrumento; sendo assim é necessário que haja uma transposição de notas para que o clarinete toque no tom real da música. Isso facilitou aos músicos, pois, a clarinete possui uma extensão de notas muito grande.

Os clarinetes mais comuns são os instrumentos em Si bemol e em Lá. O instrumento em Dó, raramente usado hoje, era muito utilizado na orquestra clássica e pré-romântica (Mozart e Beethoven). Há também os clarinetes mais agudos, também conhecidos como requinta em Mi bemol, raramente encontrados em Ré (Richard Strauss e Stravinsky) e os clarinetes mais graves como os clarinetes alto em Mi bemol, o basset-horn em Fá, o clarinete baixo em Si bemol e o clarinete contrabaixo.

As possibilidades harmónicas, o grande controle de dinâmicas que o instrumento permite, a grande agilidade, a grande extensão de notas, a sua natureza de timbres e o poder sonoro dão ao clarinete uma posição de destaque nas orquestras actuais. Alguns dizem que é o "violino das madeiras" em razão das virtudes mencionadas acima. No entanto o clarinete ainda não é um instrumento perfeito e algumas notas ainda apresentam sérios problemas de afinação, mesmo com todo trabalho iniciado pelo flautista Boehm, que foi adaptado posteriormente para os demais sopros.

O sistema Oehler é hoje considerado o mais apropriado para o clarinete, já que resolveu a maior parte dos problemas deste instrumento, mas ainda sim não é perfeito pois acarretou uma perda de brilho no timbre natural do clarinete. Enquanto o sistema Boehm, que apesar de manter alguns desses problemas, mantém o brilho particular deste instrumento.

O controlo dessas imperfeições cabe ao músico, e isso ajuda a tornar a clarinete um instrumento desafiador. Quem se interessa a tocar clarinete, saiba que precisará de muito empenho e dedicação, mas saiba também que irá se encantar com a beleza desse instrumento.

O timbre do clarinete é muito diversificado. Na região grave, chamada de chalumeau o timbre é aveludado, cheio e obscuro; no registo médio há uma mudança fantástica pois o timbre se torna brilhante e expressivo, e conforme o registo vai se tornando agudo, o timbre vai se tornando cada vez mais brilhante, e ganhando uma natureza humorística, sarcástica.


A grande capacidade de expressão do clarinete o tornou um instrumento de grande prestígio em diversos tipos de estilos. No Jazz é que podemos as vezes ouvir os solos mais sarcásticos e "humorísticos" deste instrumento. No Brasil esse instrumento é bastante utilizado na execução de choros e em grupos de samba e serestas.

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