FAGOTE
A
origem do Fagote perde-se no tempo, é difícil determinar com exactidão o seu
aparecimento. A referência mais antiga aparece em documentos do século XVI
(1546) descrevendo um instrumento constituído por, uma palheta dupla
(semelhante à Charamela), um tudel curvo em forma de “S” e com o tubo feito
numa só peça de madeira, dobrado sobre si próprio, conhecido como Baixão ou
“Dulcian”. De uma vasta família de baixões então criada no séc. XVII, existiu
um que depressa se destacou, o “Choristfagott” pela sua utilidade em suportar o
baixo na música coral, é considerado como o verdadeiro antepassado do actual fagote-tipo.
É
na França durante os finais do século XVII que o Fagote adquire a sua aparência
próxima da actual, deixando de ser construído numa só peça de madeira, para
peças em separado. Também é acrescentada à sua nomenclatura o termo “Basson”,
relacionado com “bas (baixo) – son (som)”. Com esta novidade da divisão do
instrumento, pelo construtor francês Denner (1655-1707) começava o progresso
deste instrumento de sopro que veio dar origem, já em pleno século XIX , à sua
maior revolução, com a adaptação dos sistemas de dedilhações Heckel e Buffet,
dando assim origem a duas versões distintas do Fagote Moderno.
O
Fagote de sistema Alemão – Sistema Heckell
O
Fagote de sistema Francês – Sistema Buffet
O século XIX, traz consigo grandes exigências a
nível musical, grandes compositores, grandes orquestras, obras cada vez mais
complexas, obrigam a um maior desenvolvimento do músico e dos próprios
instrumentos. Neste contexto o Fagote atinge a sua plenitude, estes dois
sistemas vieram “Standartizar” o Fagote Moderno, colocando assim um ponto final
a uma variedade imensa de sistemas individuais desenhados por diferentes
fabricantes, deixando de lado e de vez a consequente confusão técnica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário