sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

HISTÓRIA DO FAGOTE

FAGOTE
A origem do Fagote perde-se no tempo, é difícil determinar com exactidão o seu aparecimento. A referência mais antiga aparece em documentos do século XVI (1546) descrevendo um instrumento constituído por, uma palheta dupla (semelhante à Charamela), um tudel curvo em forma de “S” e com o tubo feito numa só peça de madeira, dobrado sobre si próprio, conhecido como Baixão ou “Dulcian”. De uma vasta família de baixões então criada no séc. XVII, existiu um que depressa se destacou, o “Choristfagott” pela sua utilidade em suportar o baixo na música coral, é considerado como o verdadeiro antepassado do actual fagote-tipo.

É na França durante os finais do século XVII que o Fagote adquire a sua aparência próxima da actual, deixando de ser construído numa só peça de madeira, para peças em separado. Também é acrescentada à sua nomenclatura o termo “Basson”, relacionado com “bas (baixo) – son (som)”. Com esta novidade da divisão do instrumento, pelo construtor francês Denner (1655-1707) começava o progresso deste instrumento de sopro que veio dar origem, já em pleno século XIX , à sua maior revolução, com a adaptação dos sistemas de dedilhações Heckel e Buffet, dando assim origem a duas versões distintas do Fagote Moderno.
O Fagote de sistema Alemão – Sistema Heckell
O Fagote de sistema Francês – Sistema Buffet

O século XIX, traz consigo grandes exigências a nível musical, grandes compositores, grandes orquestras, obras cada vez mais complexas, obrigam a um maior desenvolvimento do músico e dos próprios instrumentos. Neste contexto o Fagote atinge a sua plenitude, estes dois sistemas vieram “Standartizar” o Fagote Moderno, colocando assim um ponto final a uma variedade imensa de sistemas individuais desenhados por diferentes fabricantes, deixando de lado e de vez a consequente confusão técnica.

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